Grota do Taiassuí
Larvicultura de camarão-da-amazônia
Estrada do Taiassuí, 2772
Benevides – Pará – Amazônia – Brasil
fones 8163-8600 Tibério
emails: grotadotaiassui@uol.com.br
tiberiosro@gmail.com
Introdução
Morfologia e características do Macrobrachium amazonicum
Cultivo do Camarão da Amazônia em tanque de fundo natural
Práticas e técnicas para uma despesca mais homogenia
Bibliografia
Introdução
A empresa GROTA DO TAIASSUI está localizada numa área de 38 hectares no município de Benevides – Pará, à cerca de 30 Km da capital Belém. Sua localização estratégica e topografia privilegiada foram fatores decisivos na escolha do local para instalação do projeto de larvicultura de camarão da Amazônia
Com uma tecnologia inovadora, e o suporte de pesquisadores e instituições de renome internacional, a Grota do Taiassuí é a primeira no mercado de comercialização de pós-larvas e juvenis de Camarão-da-amazônia.
Das espécies de camarão de água doce brasileiras, o Macrobrachium Amazonicum foi escolhido para pesquisas devido à sua excelente aceitação no mercado, fácil manutenção em cativeiro e rápido desenvolvimento (4 meses), haja vista que em pequena área, você consegue uma produtividade muito grande.
O camarão-da-amazônia Macrobrachium amazonicum apresenta grande potencial para aqüicultura (Kutty et al., 2000). É um camarão pequeno, que pode alcançar até 16 cm e 30 g (Valenti et al., 2003). Possui ampla distribuição geográfica, ocorrendo desde a Venezuela até o Estado do Paraná.
Habitam as bacias Amazônicas, do Orenoco, do São Francisco, do Paraná, rios do nordeste e centro-oeste (Holthuis, 1952; Davant, 1963; Bialetzki et al., 1997 apud Moraes-Riodades, 2005).
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Assim como o Macrobrachium rosenbergii, o camarão-da-amazônia possui diferentes grupos de machos na população. Esta diferenciação morfotípica pode causar grande variabilidade no tamanho dos animais (Moraes-Riodades & Valenti, 2004). De acordo com Daniels et al. (1995) este é um dos principais problemas para a viabilidade do cultivo de M. rosenbergii. Conforme estes autores, o crescimento desacelerado de parte da população resulta em uma grande porcentagem de animais com baixo peso.
Estes animais apresentam menor valor no mercado consumidor. Como o problema do crescimento heterogêneo atinge o cultivo de M. amazonicum de forma semelhante ao cultivo de M. rosenbergii, os mesmos métodos de controle são utilizados para ambas as espécies.
Assim como o M. rosenbergii, o M. amazonicum possui diferentes morfotipos de machos na população. Os grupos de machos apresentam taxas de crescimento desiguais
e são classificados em “Translucent Claw” (TC), “Cinnamon Claw” (CC), “Green Claw1” (GC1) e “Green Claw 2” (GC2) (Fig).
Dentre as características que os diferencia estão: os quelípodos são translúcidos em TC, cor de canela em CC, verdes e maiores em GC1 e GC2; os dois primeiros morfotipos apresentam poucos espinhos, enquanto os últimos possuem espinhos longos e robustos; GC2 apresenta o comprimento do quelípodo superior à distância pós-orbital e angulação dos espinhos mais aberta, enquanto GC1 apresenta o comprimento do quelípodo inferior à distância pós-orbital e angulação dos espinhos mais fechada (Moraes-Riodades & Valenti, 2004).
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(LOBÁ0 er al., 1986; ODINETZ COLLART, 1991a).
CULTIVO DO CAMARÃO DA AMAZÔNIA EM TANQUE DE FUNDO NATURAL.
Tanques de fundo natural são aqueles escavados na própria terra, geralmente entre 1,0metro a 1,50metros de altura de coluna d’água, pode ser feito tanques de fundo natural de todos os tamanhos, porém , recomenda-se fazer no máximo 30mts X 80mts pois um tanque “estreito” facilita na despesca e duas pessoas conseguem fazer o serviço. Analise do terreno para que seja escolhido um local adequado (próximo de fontes, rios, ou mesmo próximo nascentes ou olho d’água, sempre se deve fazer a analise da água para saber da qualidade, pois ajudara no processo de manutenção e conservação da vida que o tanque vai ter e receber), junto com a analise da água uma analise da do solo para que possa ser feita uma adubação e uma calagem.
Pode-se adubar com adubo químico ou o adubo orgânico (esterco de bovino de preferência), ou as duas, geralmente o tanque fica um mês de pousio antes de ser usado e enche-se de água no máximo 4 dias antes de povoas o tanque , pois existe muitos outros organismo como as larvas de libélulas que podem colonizar o tanque e trazer sérios prejuízos, com os camarões colonizando primeiros este primeiro servira de alimento para os camarões!
Parâmetros e condições adequados para que um tanque de crescimento final tenha um ótimo desempenho com a turbides 15+_6 a transparência de 45 cm mínima,Ph 7,0 / 7,5 á 6,0, oxigênio dissolvido de manhã: 6,10/ 7,1 não,abaixando menos de 2,0 por muito tempo, Amônia de 266 a 38,- nitrito de 26,6 a 4,56,- nitrato de 0,63 a 0,15. (levando em consideração um manejo tradicional e sem despesca ou gradeamento, sendo que com estes recurso pode-se varias e obter-se melhores resultados e parâmetros de controle.
Particas e tecnicas para uma despesca mais homogênia:
O gradeamento dos juvenis antes do povoamento dos viveiros de engorda é indicado para reduzir os efeitos negativos causados pelo crescimento heterogêneo dos camarões (Daniels et al., 1995). Esse manejo separa os juvenis maiores (“uppers”) dos menores (“lowers”) utilizando uma caixa gradeadora com barras laterais ajustáveis (fig). Geralmente, após o período de engorda, a subpopulação “upper” apresenta a estrutura populacional mais desenvolvida que a subpopulação “lower” (Karplus et al., 1986 e 1987; Tidwell et al., 2003; Tidwell et al., 2004). Karplus et al.
(1986 e 1987), observaram que a fração “lower” apresentou mais camarões dominados e mais fêmeas virgens que os camarões “uppers” e os não gradeados. De acordo com Daniels et al. (1995), a relação direta entre a porcentagem de “small males” e o aumento de densidade, normalmente encontrada em populações não gradeadas, não ocorreu com a utilização do gradeamento.
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Despesca seletiva
Indicado para reduzir os efeitos negativos do crescimento heterogêneo ao longo do cultivo, este economicamente mais viável para pequenos e médios produtores, esta tecnica consiste em despescas com redes de arrasto (Fig) para a retirada dos machos dominantes e fêmeas maduras (Valenti & New, 2000; Valenti, 2002). Os animais retirados, embora grandes, possuem reduzida taxa de crescimento e inibem o crescimento dos menores.
Portanto, as despescas seletivas devem alterar a estrutura populacional dentro do viveiro,.
Substratos artificias
O uso de substratos artificiais consiste na ampliação da área do viveiro para possibilitar o aumento do peso médio individual, da densidade de estocagem, diminuir a competição entre os animais e melhorar a conversão alimentar devido ao desenvolvimento de alimento natural na superfície do material adicionado (Tidwell et al., 2000).
Alimentação
Conforme a densidade que for povoado o tanque, pode-se ter um aproveitamento melhor do alimento natural que ira nascer normalmente no tanque, quando este e bem preparado e bem adubado antes do povoamento, e a qualidade da água e sempre monitorada, o ph, a temperatura, o nível de oxigênio, o amônia , nitrito, todos bem monitorados para que não passe os limites adequados de cultivo.
Atualmente utiliza-se as bandejas de ração, que são estruturas onde se coloca a ração a ser servida aos camarões e de 2 a 3 vezes e observada e acrescentada a ração ou não , conforme o consumo dos animais, este aparato traz um melhor aproveitamento da ração e conseqüentemente uma melhor qualidade de água do viveiro que o manejo a lanço!
A conversão alimentar e de 2,0:1, a ração varia conforme o estagio de desenvolvimento dos camarões no tanque em relação a proteína por exemplo de 30, 35 ate 40, uma pequena amostra para saber como esta os camarões sempre e bem vinda(Biometria), assim pode-se saber qual o nível e concentração da ração a ser oferecida terá de proteína podendo variar de 35 a 40% de proteina bruta, usa-se ração peletizada comercial para camarão, encontra-se de diversas marcas como Purinas, entre outras marcas.
Integração com a agricultura
A integração da carcinicultura com a agricultura convencional já e uma realidade, pelo uso das águas de descarga dos viveiros ( rica em matéria orgânica), da rizicarcinicultura a consórcios com outros organismo como tilapia, ou outros peixes ornamentais como carpa (ou uma espécie nativa?), sempre com cuidado e orientado por um técnico.
Doenças
O Confinamento, a utilização de densidades elevadas de estocagem, a manipulação freqüente dos indivíduos e a flutuação dos parâmetros de qualidade do viveiro são alguns fatores que podem induzir ao estresse. Sob tais condições adversas, os indivíduos da população tornam-se mais susceptíveis a patogenos oportunista propiciando o surgimento de doenças. Muitas vezes uma fissura no exoesqueleto pode ser a porta de entrada para fungos, bactérias, necroses, ou ate mesmo ectoparasitas.
Por isso vale ressaltar que os camarões de água doce são de excelente resistência a doenças e parasitas, sempre dependendo do manejo ser adequado, mesmo se no caso de um tanque estar comprometido pode-se isolar o tanque afetado, usando sempre o mesmo matéria para ser feito o manejo do tanque ou desinfetado e chamar o técnico ou profissional capacitado para prestar o serviço adequado.
Bibliografia
(Kutty et al., 2000) Kutty, M.N., Herman, F., Menn, H.L., 2000. Culture of other prawn species. In: New, M.B., Valenti, W.C. (Eds.),
Freshwater Prawn Culture: the Farming of Macrobrachium rosenbergii. Blackwell, Oxford, pp. 393–410.
VALENTI, W. C.; FRANCESCHINI-VICENTINI, I. B.; PEZZATO, L. E. 2003. The
potential for Macrobrachium amazonicum culture. In: World Aquaculture 2003
Salvador, Brazil, “Realizing the potential: Responsable aquaculture for a secure future”. Salvador, Anais...p.804
MORAES-RIODADES, P. M. C. 2005. Cultivo do camarão-da-amazônia.
Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Crustácea, Decapoda, Palaemonidae)
em diferentes densidades: Fatores ambientais, biologia populacional e
sustentabilidade econômica. Tese (doutorado) – Universidade Estadual Paulista, Centro de Aqüicultura. 117p.
Moraes-Riodades, P.M.C.; Valenti, W.C. 2004. Morphotypes in male Amazon River Prawns, Macrobrachium amazonicum, Aquaculture 236 (1-4):297-307
(Daniels & D’Abramo, 1994; Daniels et al., 1995; Karplus et al., 1986 e 1987; Tidwell & D’Abramo, 2000; Tidwell et al., 2003, 2004a, 2004b e 2005) Tidwell, J.H.; Coyle, S.D.; Dasgupta, S. 2004. Effects of stocking different fractions of size
graded juvenile prawns on production and population structure during a temperaturelimited growout period. Aquaculture 231, 123-134.
(LOBÁ0 er al., 1986; ODINETZ COLLART, 1991a) LOBAO, V.L.; ROJAS, N.E.T. & VALENTI, W.C. (1986) Fecundidade e fertilidade de Macrubracbbm amazonicum (Heller, 1 862) (Crustacea, Decapoda) em laborat6rio. E. Inst. Pesca, 13(2): 15-20.
Schwartz, M. F.; Boyd, C. E., 1994b. Effluent quality during harvest of channel catfish from watershed ponds. Progressive Fish-Culturist 56, 25-32.
Boyd, C. E.; Tucker, C. S., 1998. Pond aquaculture water quality management. Kluwer academic publishers, Boston, MA. 700 pp.
Bibliografias recomendadas
Bruno de Lima Preto (2007) ESTRATÉGIAS DE POVOAMENTO E DESPESCA NO CULTIVO DO CAMARÃO-DA-AMAZÔNIA Macrobrachium amazonicum: EFEITOS NA ESTRUTURA POPULACIONAL E NA PRODUÇÃO
Janaina Mitsue Kimpara (2007) Intensificação do cultivo de Macrobrachium amazonicum: efeito das estratégias de estocagem e despesca na água dos viveiros, efluentes e sedimentação em viveiros de crescimento final
Luciene Patrici Papa1, Irene Bastos Franceschini Vicentini2*, Karina Ribeiro1, Carlos Alberto Vicentini2 e Luiz Edivaldo Pezzato3 (2004)
Diferenciação morfotípica de machos do camarão de água doce Macrobrachium amazonicum a partir da análise do hepatopâncreas e do sistema reprodutor
Carcinicultura de camarão de água-doce,Tecnologia para produção de camarões
Editor: Wagner Cotroni Valenti, Brasilia, 1998-Ibama/Fapesp
terça-feira, 20 de abril de 2010
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Gostaria de criar camarao em manaus tenho area com igarape.Como fazer.
ResponderExcluirObrigado
eliasvca@hotmail.com